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31 de jul. de 2011

O dom da amizade

Gente, deixa eu contar a novidade, aquela bêbada da Amy Winehouse morreu! Ok, de fato não é uma novidade, mas como minha via é procrastinar, só vim falar disso aqui agora. E é incrível como, agora que ela morreu, tá brotando fã dela do chão. Hipocrisia define, gente que só conhece a música Rehab e agora se dizem fã de carteirinha.

Afinal, quem é a Amy Winehouse? É uma cantora com uma voz muito bonita que lançou um álbum bem pobre mas chamou a atenção por sua voz e por isso teve mais facilidade em lançar seu segundo álbum, agora bem produzido e fez um baita sucesso. Linda, talentosa e agora rica, ela entra em declinio e se afundou nas drogas. Virou uma baranga, que continuou na mídia na forma de chacota por aparecer sempre desarrumada, feia, cheia de pó no nariz. A situação foi piorando cada vez mais e então overdose. Fim.

Tá, é muito fácil criticar os outros por seus hábitos, mas ninguém sabe o que se passa na vida dela, né? Foda-se. O artista é sempre o pioneiro na nossa cultura, é ele quem rompe barreiras, quem levanta bandeiras, quem inventa, quem as pessoas seguem. Por consequência, o artista deveria ser o exemplo, deveria nos mostrar virtudes e não vícios. 

Amy morreu, bem feito. Cadê a familia dela pra intervir quando ela começou com esse comportamento? Cadê os fãs para apoiá-la nas horas dificeis? Não havia ninguém naquela hora, então não vem querer defendê-la agora. Teve seus 15 minutos de fama e rodou, que exemplo ela deixou a ser seguido? 

Todos seus ídolos morreram de overdose? Isso mostra que você só tem ídolos idiotas, simples assim. Esse povinho que diz que prefere viver a vida à mil do que viver uma vida inteira mornal... Todos morreram cedo e não viveram de verdade. Viver de verdade mesmo compreende aproveitar todas as fases. Carpe Diem. Viva a infãncia, a juventude e a velhice, aproveitando o que cada uma tem a oferecer. Esse povinho que diz que vive a mil e que é feliz assim está mentindo, são tão frustrados que tentam evadir desse mundo cheirando carreiras e mais carreiras, o que tem de vida em ser escravo de uma substância?

Isso tudo me leva a uma conversa que eu tive com meu professor essa semana durante os cursos de inverno lá da faculdade. Os jovens de hoje em dia entendem por "diversão" ir pras festas e se embriagar. Isso é diversão? Pra mim não. Nem de longe. Acho que esses jovens são tão mal-resolvidos consigo mesmos e tão frustratos que precisam enchar a cara pra terem coragem de fazer aquilo que tem vontade mas não tem coragem suficiente pra fazer sóbrio, precisam do alcool para se evadirem, para se afirmarem em frente aos outros... E no dia seguinte nem se lembram o que fizeram (na verdade se lembram, mas é mais conveniente dizer que está com amnésia temporária porque têm vergonha de assumir o que fizeram), isso que é diversão?

Pra mim, diversão é andar na chuva. Entrar debaixo do chuveiro quente de roupa e tudo na madrugada da sexta-feira no completo escuro e ficar lá horas (tô cagando pra escasez de água no mundo). Levantar às cinco da manhã subir no telhado de casa e ouvir a cidade acordando, aquela hora fria da manhã. Ficar perto de um amigo, não precisa nem de conversa, só da presença. Ouvir música no último volúme. Reunir alguns bons amigos e assistir a um filme, ainda mais quando é um filme antigo que de outra forma você nunca iria assistir. Diversão pra mim são coisas mais simples que realmente te faz feliz e que você não vai precisar fingir amnésia depois por vergonha de contar para os outros...

Estava precisando dizer isso. Até a próxima.

Um comentário:

  1. pra mim diversão é entrar sem querer um dia aí numa comunidade de nárnia no orkut e acabar por virar uma das melhores amigas do salem. isso serve?

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